Uma campanha online foi lançada com o intuito de amenizar o drama das famílias que dependem da coleta de materiais, já que a maioria dos trabalhadores atua como autônomo e teve que parar para não correr o risco de contágio.
"Eles trabalham durante o dia para comer à noite, é totalmente sem condições de parar por um período já que não tem capacidade nenhuma de fazer acúmulo de fundo [financeiro] que permita sobreviver em dias difíceis".
A situação que acaba de ser descrita é a de milhares de catadores de recicláveis no Brasil, que durante a pandemia de Covid-19 lidam com um paradoxo: trabalhar para sobreviver ou ficar em casa e não correr risco de vida, mas sem sustento.
É por isso que, mesmo com as medidas de restrições para conter o coronavírus, é fácil encontrar pessoas pelas ruas das cidades, com carrinhos e carroças, em busca de materiais, como papel e plástico.
De acordo com o Movimento Nacional de Catadores de Recicláveis, existem 800 mil pessoas que vivem desse trabalho no Brasil, mas apenas 25% estão ligadas a alguma cooperativa ou associação. O restante é autônomo e vende os materiais para galpões privados. Os dados são do Ipea.
Essa dificuldade de se unir a categoria preocupa, ainda mais que na pandemia os catadores fazem parte dos mais vulneráveis, como comenta o integrante de Minas na coordenação do Movimento Nacional, Luiz Henrique Silva:
"É quem mexe com o resíduo. Essas pessoas que foram atingidas pelo coronavírus estão em casa consumindo muito alimento e embalagem e tudo isso vai para a mão dos catadores, né?".
A campanha também visa a valorizar o trabalho de catador que, apesar de ainda conviver com preconceito, já conquistou um espaço importante, como relembra o integrante do Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis, Luiz Henrique Silva.
Para conhecer a campanha e fazer uma doação basta acessar o site: solidariedadeaoscatadores.com.br
FONTE: https://www.google.com/amp/s/m.cbn.globoradio.globo.com/amp/media/audio/300849/pandemia-de-coronavirus-deixa-catadores-de-recicla.htm
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